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O papel de cada um na construção da mobilidade urbana sustentável

Em 2008, aos 28 anos de idade, Ricky Ribeiro foi diagnosticado com uma doença neurológica degenerativa chamada Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), que foi gradativamente tirando os seus movimentos e sua fala. Em vez de se deixar levar tristeza, Ricky resolveu agir em prol da mobilidade urbana sustentável, fundou a Mobilize, é consultor da EY e é co-autor do livro Movido pela Mente.

 

Mobilidade urbana sustentável é, segundo o Ministério das Cidades, o resultado de um conjunto de políticas de transporte e circulação que visam proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, através da priorização dos modos de transporte coletivo e não motorizados, socialmente inclusiva e ecologicamente sustentável.

 

Atualmente, mais da metade da população mundial vive em centros urbanos e 450 cidades no planeta superaram a marca de ter mais de um milhão de habitantes. Consequentemente, é natural que com tanta gente morando junto surjam problemas relacionados aos congestionamentos, poluição, violência, falta de moradia etc. Além, claro, do impacto negativo sobre o meio ambiente.

 

Os transportes são responsáveis por quase 1/3 de toda a energia consumida no mundo e por mais de 60% do consumo de petróleo e derivados. No Brasil, o consumo de energia pelo setor de transportes representa 33% do total. O rodoviário contribui com 93% desse consumo. As consequências são significativas. O setor de transporte é responsável por 25% das emissões de gases causadores do feito estufa. Por aqui, quase metade dos emissores de CO2 tem origem nos transportes, a maior parte do rodoviário. Em São Paulo especificamente, 90% da poluição atmosférica é provocada pela emissão de gases veiculares.

 

Essas são apenas alguns dos motivos pelos quais Ricky considere importante promover a mobilidade urbana e sustentável, o que envolve a necessidade de investir em acessibilidade, ou seja, oferecer condição para uso com segurança e autonomia total ou assistida dos espaços mobiliários urbanos, das edificações, dos serviços de transporte, dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação por uma pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

 

“Diz-se que é possível medir o nível da civilização de um povo pela qualidade das calçadas de suas cidades”, enfatizou Ricky. Ele reforçou a importância de elas respeitarem as medidas, serem desobstruídas e bem pavimentadas, conservadas, sem qualquer irregularidade que possa pôr em risco os transeuntes. Isso vale também para os meios de transporte e edificações.

 

Ricky

 

 

 

“Diz-se que é possível medir o nível da civilização de um povo pela qualidade das calçadas de suas cidades”

 

 

 

 

A construção dessa cidade exige de governos, empresas, organizações e cidadãos um papel fundamental. O primeiro para prover políticas públicas e formular leis que melhorem a vida de todos como um todo. As empresas por buscar formas mais eficientes de deslocamentos dos seus funcionários, como caronas solidárias, fretados, incentivo ao uso do transporte público, entre outras medidas. As organizações para oferecer conhecimento, pressionar governos a implementar políticas públicas de mobilidade urbana sustentável. Já as pessoas cabem se informar mais sobre o assunto, experimentar, participar das audiências públicas e fiscalizar os órgãos públicos quanto a aplicação e manutenção das iniciativas com esse viés.

 

Perdeu as apresentações do Fórum Cidade & Mobilidade? Confira tudo o que rolou abaixo durante os dois dias de evento.

Dia 1

 

Dia 2

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