O 1º semestre de 2021 mal terminou e já trouxe um novo recorde para o mercado de capitais brasileiro. Durante os primeiros seis meses do ano, 28 empresas abriram capital na B3, o mesmo número de ofertas iniciais que vimos em 2020 inteiro. Tudo leva a crer que o volume total de movimentações até o fim do ano será expressivo, podendo ultrapassar com folga o volume do ano anterior. Mas o que está bom pode ficar melhor ainda à medida que a economia dá sinais de retomada, após tantos desafios causados pela pandemia, proporcionando mais fôlego aos investidores e, consequentemente, às empresas. Mas o que muitos devem estar curiosos para saber é o que tem levado tantas companhias a buscar fazer seu IPO no Brasil?
É fundamental compreender que os benefícios de uma empresa abrir capital são inúmeros. Em outras palavras, é bom para as companhias se listarem em bolsa. A captação de recursos financeiros, seja para reforço de caixa, realizar novos investimentos ou fazer aquisições, é um dos principais pilares dessa estratégia, mas não o único. Muitas buscam ter mais visibilidade perante o mercado, clientes, fornecedores e mídia, oferecendo mais liquidez aos acionistas assim como fortalecendo a governança e a continuidade do negócio e tendo em mãos uma importante moeda de troca para novas aquisições. Isso para citar apenas alguns fatores.
“A captação de recursos financeiros, seja para reforço de caixa, realizar novos investimentos ou fazer aquisições, é um dos principais pilares dessa estratégia, mas não o único. Muitas buscam ter mais visibilidade perante o mercado, clientes, fornecedores e mídia, oferecendo mais liquidez aos acionistas assim como fortalecendo a governança e a continuidade do negócio e tendo em mãos uma importante moeda de troca para novas aquisições”
(Rafaela Vesterman Araújo, relation manager da B3)
Nessa nova leva de IPOs que vimos surgir na bolsa do Brasil, um setor tem se destacado: o da tecnologia. As empresas de tecnologia brasileiras passaram por um ciclo virtuoso de crescimento nos últimos anos e muitas, inclusive, se tornaram unicórnios. No entanto, quem vislumbrava captações com volumes maiores e para promover mais liquidez para seus acionistas era receoso com o mercado de capitais brasileiro, que apresentava uma atividade muito baixa em termos de ofertas públicas fazendo com que as companhias olhassem outros mercados para a realização dessa abertura. No entanto, o jogo virou. Desde 2019, o mercado nacional testemunha mais interesse por ofertas públicas de empresas que têm tecnologia em suas estratégias de negócio, muito em função da redução da taxa de juros e vontade dos investidores de buscar diversificação em novos segmentos.
Para saber mais sobre as razões que têm levado tantas empresas a abrir IPO no Brasil, ler o artigo de Rafaela Vesterman Araújo na íntegra e acessar as demais reportagens da revista, acesse aqui.