Toda empresa que sonha grande provavelmente já cogitou a possibilidade de expandir suas operações para territórios internacionais. Porém, muitas delas desistem só de pensar na quantidade de burocracias que terão de enfrentar pela frente para tornar o sonho realidade. Mas e se uma organização especializada no assunto ajudasse a sua companhia a trilhar os caminhos mais assertivos?
Essa é a proposta do DIT, departamento de relações internacionais do governo britânico, cuja proposta é auxiliar empresas brasileiras no processo de internacionalização para o Reino Unido. A convite da Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O), através do seu comitê de Fintechs e Meios de Pagamentos, a PremePay explicou como a empresa se internacionalizou e o papel do DIT durante esse processo.
“Se não fosse o DIT e o governo britânico, estaríamos diversos meses atrasados no nosso sprint de desenvolvimento”. A afirmação de Pablo Klein, CEO da PremePay, resume bem a importância da entidade no processo de expansão internacional da companhia. O executivo disse que se não fosse pelo apoio que tiveram, dificilmente teriam conseguido obter diversos êxitos durante a sua jornada. Porém, quanto mais cedo descobrir o interesse pela expansão global, melhor.
“Se não fosse o DIT e o governo britânico, estaríamos diversos meses atrasados no nosso sprint de desenvolvimento”
Descoberta inicial
Pablo conta que, logo no início do desenvolvimento da solução da PremePay, foi identificada que a empresa não poderia ser unicamente brasileira, mas global. Resumidamente, a PremePay é uma fintech facilitadora de pagamentos internacionais presente em cerca de 150 países, oferecendo a oportunidade de transacionar métodos de pagamentos locais e inteligentes ao redor do mundo.
Ao descobrir que o mercado europeu seria mais interessante para iniciar suas operações, a Holanda foi o país escolhido por Amsterdã possuir um hub tecnológico importante na região. Mas ao chegar lá, o time percebeu que precisaria de um apoio mais específico do governo por oferecer soluções de pagamentos. A partir daí, a PremePay contou com o apoio do DIT do Reino Unido, que o convidou para se instalarem por lá, já que conseguiriam expandir globalmente com mais facilidade.
Apoio geral
“O apoio do DIT, desde o primeiro dia, foi incrível. Podemos dizer que, com investimento, tudo pode ser feito, mas não a essa velocidade quando se tem um terceiro querendo nos ajudar para fazer acontecer”, conta Pablo. O executivo conta que precisavam se sentar com um regulador britânico, o FCA (que funciona como o Banco Central brasileiro), e o DIT conseguiu em poucas horas. “Sem eles, poderia levar um ano”.
Foi então que, conjuntamente, começaram a pensar na melhor localidade para a PremePay se expandir na união europeia. Londres foi a primeira opção a ser considerada, mas acabaram optando por Manchester. A escolha foi estratégica já que, segundo uma pesquisa britânica, é a melhor cidade para se ter uma fintech em território inglês. “Possui um networking forte, tem um apoio muito grande da cidade para promover startups em geral e é próxima de Londres”.
Sem o apoio do DIT, além da possível demora em conseguir se reunir com reguladores locais, Pablo conta que, para uma empresa brasileira que está expandindo para o território britânico já pode ser considerado um desafio abrir uma conta bancária mesmo em bancos que já possuam atividade no Brasil. “Por segurança, eles adicionam algumas barreiras para evitar lavagem de dinheiro, patrocínio ao terrorismo, entre outras”.
Próximos passos
Agora que a PremePay está em processo de abertura de filial em Barcelona, na Espanha, o DIT está também apoiando por meio da sua unidade local. “Importante frisar que o governo britânico não nos apoiou somente durante a internacionalização do negócio. Mesmo depois quando já estávamos com uma estrutura, ele ainda traz iniciativas para ajudar em alguns assuntos críticos”.
Como o DIT auxilia empresas brasileiras a expandir no Reino Unido
– Apoio gratuito e confidencial
– Informações personalizadas sobre o ambiente de negócios, incluindo registro da empresa, financiamento, mão de obra, P&D, regulações etc.
– Levantamento de custos operacionais para site location
– Acesso a especialistas internos em áreas diversas como visto e banking
– Mapeamento de associações e eventos
– Levantamento de incentivos governamentais
– Suporte contínuo após a abertura de operações no Reino Unido, incluindo apoio à exportação.
Aqui você pode saber mais sobre o cenário de fintechs no Reino Unido e aqui do setor de tech como um todo.
Assista à apresentação de Pablo Klein na ABO2O na íntegra abaixo ou no podcast aqui.