Inovação Digital e Tecnologia na Centralidade do Cliente

Influenciadores e a mudança de comportamento pós-pandemia nas redes sociais

Manu Carvalho, Alfredo Soares e Paulo Cuenca falam sobre como o público tem mudado seu relacionamento com os influenciadores

No painel “Empreendedorismo e influenciadores digitais, Manu Carvalho, CEO da Match & Co, liderou a discussão com os influenciadores digitais Paulo Cuenca e Alfredo Soares para falar sobre mudanças e potencialidades do marketing digital na figura de pequenos e grandes nomes da internet.

 

Empreendedorismo E Influenciadores Digital

 

Manu Carvalho diz que a pandemia foi um divisor de águas na maneira como as pessoas se comportam nas redes sociais e como escolhem as pessoas que seguem. “Antigamente, as pessoas seguiam para inspiração, no pós-pandemia, elas passaram a pensar – ‘eu não quero seguir quem não tem nada a ver comigo, quem não tem nenhuma conexão”, afirma a empreendedores que também é influenciadora digital.

 

Ela afirma que a mudança, apesar de ter sido acelerada pela pandemia, vem acontecendo gradativamente há algum tempo. Manu acredita que antes, os influenciadores não se sentiam constrangidos de fazer os posts publicitários, mas, hoje, é preciso uma maior naturalidade na promoção de produtos, serviços ou ideias. Agora, as pessoas estão seguindo quem tem a capacidade de passar conteúdo”. O influencer que vive de selfie está no passado.

Para Alfredo Soares, antes da pandeia, o Instagram era a maior ferramenta de exposição. “Era só o melhor da vida, um blog dos melhores momentos. Depois, a pandemia trouxe a vida real e os influenciadores passaram a ter que colocar planejamento, reflexões, e isso separou o blogueirinho do formador de opinião”, completa.

 

Estratégia das marcas

Alfredo diz que as marcas precisam bolar estratégias mais densas, que considerem o longo prazo. “Precisam usar a capacidade dos influenciadores para mudar a forma de contar a marca”, afirma. “E o melhor influenciador da marca é seu próprio cliente. Precisa olhar dentro da base e identificar quem pode te ajudar”, completa.

Ele afirma que as marcas cometem o erro de querer o influenciador caro, aquele que fatalmente chama público, e bastante. Porém, nem sempre é isso que a marca procura. “Tem vários tipos de influenciadores e maneiras de serem utilizados pelas marcas ao longo da jornada de compra”, explica.

 

Paulo Cuenca lembra que sempre houve o influenciador dedicado a construir conteúdo. Já nos anos 2010, os blogs ofereciam conteúdo especializado, nichado, mas assistido por muita gente. “Sempre teve muito criador de conteúdo, e os blogs sempre tiveram profundidade, assim como alguns youtubers. Em um blog, eu consegui bater 11 milhões de visualizações falando de confeitaria francesa”, conta.

Cuenca diz ainda que as marcas deveriam olhar com mais cuidado para o YouTube e moderar a relevância que estão dando para o Instagram. “O feed do Instagram mantém o conteúdo em evidência por 4 horas. E acabou. As pessoas da nova geração de influenciadores achou que esse era o caminho, e as marcas seguem”, conclui.

 

 

Assista na íntegra:

 

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