Em 2020, a Ambev precisou fazer uma operação de guerra para ajudar o mundo a combater a pandemia de coronavírus. A empresa se dedicou a distribuir álcool gel para combater o primeiro efeito colateral de uma crise como essa, o esgotamento de matérias primas.
Felipe Cerchiari, diretor de Inovações da Ambev, conta que a empresa sempre teve propósito em unir pessoas em seus programas, mas isso ganhou outra proporção durante a pandemia. “A gente tem pessoas apaixonadas e que gostam de realizar. Nesse momento, a gente sentiu que tinha muita coisa que poderia fazer. Reunimos os líderes e pensamos como ajudar. Daí veio a ideia do álcool em gel”, conta.
Outra iniciativa da Ambev foi usar o material destinado para a produção de garrafas pet para produzir máscaras. Foram 3 milhões de unidades produzidas e doadas. Número igual ao de profissionais de saúde no País. Mas a ajuda que a Ambev se propôs a oferecer não está relacionadas só ao fornecimento de materiais essenciais, mas também à oferta de diversão para pessoas enclausuradas em suas casas. “Na segunda etapa, entendemos que poderíamos ajudar com entretenimento, isso aconteceu por meio das lives”, diz Cerchiari.
O executivo contou o case da Ambev durante o painel “Economia digital em busca de propósito e causas de impacto”, da IX Conference 2020, liderado por Vânia Gracio, CEO da Sing Comunicação.
Empreendedores em ação
A Ambev também ajudou a manter iniciativas de empreendedores de regiões mais carentes, que participaram ativamente do recolhimento de itens de subsistência e do fomento da economia local em tempos extraordinários.
Uma das parcerias estabelecidas foi com a Glocal Aceleradora, liderada pela diretora executiva Juliana Gouveia. A empresa é uma aceleradora de projetos de impacto social e viu, durante o início da pandemia, os negócios de pequenos empreendedores de regiões mais carentes necessitar urgentemente de ajuda para poder seguir funcionando e ajudando outras pessoas.
“Na pandemia, a gente demorou uma semana para analisar o cenário e definir como dar suporte aos nossos empreendedores para que continuassem a levar algum alento para a comunidade. Demos suporte para mapeamento da crise e realização de ações de emergência. A gente se articulou e levantou doações, como 10 mil cestas básicas. E em seguida capacitamos os empreendedores para levantar recursos para que cada projeto fosse responsável por atender sua própria rede de consumidores em suas regiões”, conta Juliana. A distribuição dessas cestas básicas foi possível com a ajuda da Ambev.
Ajuda a empreendedores e desempregados
A Bluefields é outro case de aceleradora que ajudou empreendedores a enfrentar a pandemia. Paulo Humaitá, CEO da empresa, destaca que, desde 2017, a empresa atendeu 150 startups e vinha se dedicando também a deixar grandes empresas com jeito de startup, trabalhando a cultura da inovação dentro de estruturas tradicionais. A pandemia apareceu para impor novos desafios.
Humaitá conta que, em março, no começo da pandemia, a empresa teve que formar um comitê para trazer soluções internas e evitar o colapso dos negócios e ao mesmo tempo proteger a vida dos membros da equipe e continuar a ajudar os empreendedores.
“Nós lançamos uma landing page, onde, gratuitamente, qualquer empreendedor pudesse fazer uma mentoria, de graça, sendo aquele empreendedor parte do nosso sistema ou não. Também rodamos uma plataforma de microjobs para combater o desemprego e ajudar as pessoas a prover a subsistência de suas famílias”, destaca o empreendedor.
Entre todos os aprendizados que a pandemia trouxe, a solidariedade está entre os principais, não só com pessoas ajudando pessoas, mas com empresas entendendo a necessidade de trabalhar em rede para evitar impactos negativos ainda maiores.
Assista ao Painel na íntegra: