Apesar de as smart cities, ou cidades inteligentes, ser um conceito relativamente recente, o tema de integração de atividades nos centros urbanos têm despertado o interesse do governo e do público em todo o mundo.
Em meio a essa nova onda surge o conceito das Cidades MIL, proposto pela UNESCO, das Nações Unidas (ONU) voltada para a educação, ciência e cultura. Em torno dessa temática, o painel “Cidades MIL: conceito de plataforma urbana” contou com a participação de Felipe Chibás Ortiz, representante da Organização, durante o O2OiX, em São Paulo (SP).
Professor do CEACOM da Escola de Comunicação e Artes (ECA) na Universidade de São Paulo (USP), Ortiz trouxe o tema e pesquisas que já ilustram quais as cidades já integradas. As Cidades Inteligentes podem caracterizar, principalmente, “uma sociedade interligada por meio das Tecnologias da Informação e Comunicação”. Mas, o que o conceito Cidades MIL traz de novo?
De acordo com Ortiz, as Cidades MIL, assim como as cidades inteligentes, integram a responsabilidade social e o objetivo do desenvolvimento humano das cidades com as novas tecnologias, como blockchain e Inteligência Artificial (IA).
Segundo o especialista, as MIL integram os principais agentes da sociedade; expertise de universidades, empresas, representantes dos governos e artistas em prol desses objetivos.
No mundo, somente quatro cidades podem ser consideradas com esse grau de desenvolvimento, segundo a ONU. Para a Oganização, somente Bedford (Inglaterra), Glasgow (Escócia), Helsinki (Finlândia) e Saint Louis (Estados Unidos).
No Brasil, as cidades inteligentes estão centradas no uso de tecnologia, conexão em rede e investimento em mobilidade.
Para Ortiz, alguns aspectos constituem e fazem de uma cidade, uma cidade MIL. “São espaços urbanos que podem utilizar a inteligência artificial, que prezam pela ética, o respeito à diversidade, o empoderamento orgânico de cada cidadão e a educação do pensamento crítico e criativo da população para trabalhar em prol dessa nova organização. As cidades MIL são fundamentadas pela gestão da educação, da assistência social, da saúde e da tecnologia”, completa.
Cidades mais inteligentes do Brasil
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