Bicicletas compartilhadas: a mobilidade limpa

A mobilidade e a urbanização são conceitos entrelaçados dentro do contexto das cidades. A partir desse consenso foi construído o painel “Posicionamento das marcas junto à mobilidade sustentável e seus impactos no meio ambiente”, que aconteceu na Innovation Xperience Conference, evento do Grupo iX, correalizado em 2022 com a SP negócios. A iniciativa conta com o apoio do Movimento Inovação Digital e FecomercioSP.

A empreendedora Stephanie Fleury, introduziu o debate: “Estamos em um tempo de muita mobilidade; e consequentemente, há geração de muita poluição. Como resolver a questão? Como as empresas se posicionam? As bicicletas compartilhadas são parte da solução?”, questionou.

Luciana Nicola Schneider, diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Itaú Unibanco, trouxe a experiência do compartilhamento de bicicletas na cidade de São Paulo, projeto que completa 11 anos em 2022. “Agora, descarbonizar é o drive. Assinamos compromisso net zero e vamos continuar com ações efetivas. O uso de bicicleta provoca impacto positivo na saúde, diminuindo risco de doenças cardiovasculares, salva o planeta e as pessoas. É o meio de transporte no qual investir!”, enfatiza a diretora.

“Ainda não há, no entanto, a maturidade na política pública na área, pois nenhum arranjo financeiro possibilita o uso da bicicleta compartilhada, com exceção do patrocínio. Porém, do  ponto de vista de branding ainda faz sentido. Sabemos que para cada R$ 1 que investimos, temos retorno de R$ 1,40”, relata Schneider.

Leandro Fariello, Chief Financial Officer (CFO) do sistema de compartilhamento de bicicletas Tembici, revela que a organização cresceu 30% entre outubro de 2021 e o mesmo mês de 2022, em razão das parcerias estratégicas firmadas. “Trouxemos empresas de bicicletas elétricas, o que acelerou o trajeto dos ciclistas e os negócios, pois alguns usuários usam a bike para fazer entregas, outros para lazer. E se com uma bicicleta tradicional uma pessoa anda cerca de dois a três quilômetros, com elétrica vence fácil oito quilômetros”, compara.

Fariello conta ainda que a empresa captou perto de R$ 150 milhões via linhas de financiamentos ESG. “Nosso modelo de negócio é sustentável. E para além da sustentabilidade, pensamos no social. O cidadão pode optar pela bike para deixar de emitir poluentes, mas há quem não tenha o dinheiro para pagar o transporte.”

Já Fernando Martins, responsável pela experiência do entregador na Ifood, diz que a empresa assumiu o compromisso público de, até 2025, entregar 50% dos pedidos via modais sustentáveis, lista que inclui bicicletas tradicionais, bikes e motos elétricas e patinetes. “Nosso projeto ifood Pedal, pilar social do grupo, já chega a seis cidades brasileiras. Entre outras ações, estamos pensando em financiar bicicletas elétricas, de maneira que seja possível e faça sentido dentro da realidade do entregador”, diz. “O Ifood faz 60 milhões de entregas por mês. Queremos garantir que parte desses pedidos, os curtos (com entrega de até três quilômetros), sejam feitos com bicicletas compartilhadas”, afirma.

Acompanhe o painel na íntegra no nosso podcast ou no Youtube:

+ mais lidas

À distância de uma chamada: o impacto das videochamadas no relacionamento com o cliente

Dados e experiências personalizadas: uma relação em debate no Clube Inovativos

13% das empresas personalizam comunicação, diz estudo

À distância de uma chamada: o impacto das videochamadas no relacionamento com o cliente

Dados e experiências personalizadas: uma relação em debate no Clube Inovativos

13% das empresas personalizam comunicação, diz estudo