Nesta quinta (4), o Banco Central anunciou mais uma novidade sobre o PIX. Em 2025, a população poderá utilizar o Pix por aproximação, tecnologia por meio do qual o correntista poderá fazer uma transferência instantânea sem ter de sair da página do e-commerce e ir para o aplicativo do banco.
“Isso vai possibilitar uma jornada de iniciação de pagamento ainda mais simples e com comodidade, porque ela está reduzindo etapas do processo atual, além de melhorar a experiência do cliente, que é o nosso objetivo final”, apontou Janaína Attie, chefe de subunidade do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro.
A proposta da funcionalidade, explicou Janaína, é que, mediante um cadastro inicial, “o cliente poderá escolher cadastrar a conta na wallet de sua preferência e utilizar a sua conta no Pix já pré-cadastrada para fazer pagamentos no ambiente presencial, por aproximação, e no ambiente online”.
A previsão é que o Pix por aproximação seja lançado oficialmente para a população em fevereiro de 2025. Antes, ainda no final de julho, o Banco Central publicará normas mais detalhadas sobre o tema, que trarão instruções para as instituições financeiras e definirão a responsabilidade delas na nova ferramenta. Os testes estão previstos para começar em novembro.
46 milhões de consentimentos
O Banco Central comentou sobre o número de brasileiros que já aderiram ao Open Finance – compartilhamento de dados entre as instituições financeiras. com a finalidade de simplificar a jornada de pagamentos, customizar a oferta de produtos e serviços, entre outras benefícios para o cliente. Essa é a avaliação de representantes do BC e do Sistema Financeiro
Segundo o Diretor de Regulação do BC, Otávio Damaso, as novas medidas contribuirão para acelerar a implementação do Open Finance, atualmente com mais de 46 milhões de consentimentos ativos e cerca de 1,7 bilhão de transferências semanais de dados entre as instituições financeiras, segundo números divulgados.
“O Open Finance já é uma realidade, uma jornada, e daqui pra frente a gente só vislumbra sua expansão”, destacou Damaso.
Mais bancos, mais gente no Open Finance
Para a viabilização das novas regras, é necessária a inclusão de novos tipos de instituições financeiras no Open Finance. Dessa forma, ampliou-se o escopo, que passará a abranger instituições financeiras que são relevantes em segmentos específicos, como, por exemplo, investimento e operações de câmbio. Com isso, a base de potenciais clientes beneficiados pelo Open Finance saltará dos atuais 75% para alcançar 95% dos usuários do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
As novas regras também estabelecem uma governança definitiva para o compartilhamento de dados entre instituições financeiras. De acordo com a normativa, as instituições financeiras com mais de 5 milhões de clientes, individuais ou em conglomerados, serão obrigadas a aderir ao Open Finance.
“Até então, tínhamos uma estrutura provisória de governança. A partir desta regulamentação, com uma estrutura definitiva, a governança terá um foco no desenvolvimento de produtos e serviços relacionados ao ecossistema do Open Finance. E qualquer instituição, ao ter relevância em algum segmento dentro do sistema financeiro, sua participação no Open Finance passa a ser obrigatória”, concluiu Otávio Damaso.