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Na hora do happy hour, cuidado: o hacker também faz a festa

Relatório da idwall mostra que os fraudadores têm dias e horários preferidos para aplicar golpes financeiros. Confira quais são

Sabe aqueles sábados quando você está voltando de uma festa, restaurante ou qualquer outra atividade de lazer, sobretudo de madrugada? Ou às sextas, no happy hour com os amigos, após um dia estressante de trabalho? Pois é, são nesses momentos que os fraudadores aproveitam o menor nível de atenção e disponibilidade das vítimas para cometer golpes, principalmente no segmento financeiro, o mais atacado ao longo de 2023.

É o que aponta a primeira edição do “Fraud Report Financeiro”, da idwall, empresa de tecnologia especializada em segurança. Por meio de uma técnica de verificação documental – a documentoscopia – o levantamento fornece informações sobre o comportamento das fraudes de documentos e seus padrões de ocorrência verificados no ano passado.

Basicamente, entram na análise a falsificação ideológica – quando o documento é alterado para conter informações falsas; o roubo de documentos e dados – quando o documento é roubado e as informações nele contidas são usadas para fins fraudulentos; além da identidade sintética, ou seja, quando uma identidade falsa é criada para cometer fraudes.

Risco aumenta no final de semana

De acordo com o relatório, o pico das taxas de fraude ocorre no sábado de madrugada (0h às 5h59min), com 1,8%, o que corresponde a 0,5 ponto percentual acima da taxa média verificada em 2023, de 1,3%. Em seguida, com 1,6%, está a sexta-feira, mais especificamente no horário entre 18h e 23h59min. Sábado à noite (1,4%) e aos domingos, tanto de noite (1,3%) quanto de madrugada (1,5%), também contam com taxas significativas de fraudes.

Quanto aos dias da semana, quarta e quinta à noite, ambos com 1,4%, além de terça e sexta de madrugada (1,3%) e domingo de manhã (6h às 11h59min), também com 1,3%, são os momentos mais críticos para golpes. O levantamento também aponta que a taxa média de fraude de documentos permaneceu o mesmo ao longo do ano, o que significa que as empresas devem permanecer em alerta independente das sazonalidades. A título de comparação, em uma análise global de mercado, as taxas de fraudes em verificação biométrica em selfies e vídeos foram de 1,15% e 0,20%, respectivamente.

Outro recorte relevante refere-se às localidades das fraudes no país. Segundo a pesquisa, o Norte foi a região com menor envio de documentos em 2023, apenas 3,6% do total do volume nacional. Mesmo assim, a região liderou o ranking de fraudes (2,4%), com taxa 50% maior que o Sudeste (1,6%) – por sua vez, líder em volume de documentos (57,7%).

Complexidade das fraudes

A grande maioria das fraudes (70%) registradas em 2023 foram de baixa complexidade, ou seja, com evidências mais comuns ou muitas evidências encontradas nos documentos analisados. Em seguida, 28% das fraudes foram de complexidade média, enquanto que apenas 2% foram de complexidade alta. Neste caso, há apenas uma evidência presente.

Conforme explica o estudo, as fraudes mais simples requerem menos tempo e recursos dos criminosos, que atacam em lotes e conseguem lucrar em escala. Já as fraudes mais complexas demandam mecanismos mais sofisticados, porém trazem maior potencial de ganhos financeiros aos golpistas. Daí a importância da utilização de métodos de verificação de identidade e prevenção a fraudes por parte das empresas.

Em relação aos documentos, o RG é o mais visado pelos fraudadores. Nesse sentido, o levantamento mostra que mais de 60% das fraudes em RG ocorrem na foto, perfuração (região da foto) ou tipografia (fonte da letra utilizada) do documento.

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