Cerca de 15 milhões de carros elétricos serão vendidos este ano, estima Gartner

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Este ano deverá se encerrar com aproximadamente 15 milhões de carros elétricos (a bateria ou híbridos plug-in) vendidos em todo o mundo. É o que aponta a última previsão do Gartner, que estima para 2024 um aumento de 19% nas vendas desses veículos, totalizando 17,9 milhões de unidades. Essa quantidade deverá representar 97% dos veículos elétricos (EVs) vendidos no ano que vem. Os outros 3% ficarão para as vans, ônibus e caminhões pesados.

Considerando-se os modelos elétricos à bateria (BEVs) e híbridos plug-in (PHEVs), a previsão do Gartner é que as vendas de BEVs cresçam de 9 milhões de unidades em 2022 para 11 milhões até o final deste ano. Quanto aos PHEVs, a expectativa é de um crescimento mais tímido, de 3 milhões para 4 milhões no mesmo período.

“A proporção de PHEVs em países como os EUA, Canadá e Japão, crescerá ligeiramente, uma vez que os consumidores nesses países preferem PHEVs a BEVs”, disse Jonathan Davenport, diretor analista sênior do Gartner. “A situação é diferente na Europa Ocidental, na China e, em menor medida, na Índia, onde os consumidores preferem os custos gerais de funcionamento mais baixos dos BEVs, uma experiência de condução mais silenciosa e credenciais ecológicas”.

Até 2030, EVs podem representar até 50% da oferta

As decisões dos governos para reduzir as emissões de partículas dos veículos, entre outras iniciativas, provocaram mudanças nos comportamentos dos fabricantes de automóveis. Alguns acreditam que, até 2030, quase 50% dos veículos disponíveis para venda nos EUA serão elétricos.

Outro motivo que deverá acelerar a adoção de EVs é a expectativa de que, até 2027, o preço médio de um veículo elétrico a bateria atinja a paridade com os veículos com motor de combustão interna (ICEs) de tamanho e configuração semelhantes. Para isso, o grande desafio será superar entraves de produção de energia e capacidade da rede.

“A menos que os países tomem medidas para incentivar os condutores de EVs a carregarem fora dos períodos de pico de consumo de eletricidade, a mudança para EV poderá colocar uma pressão adicional tanto na capacidade de produção de energia como na infraestrutura de distribuição”, afirmou Davenport.

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