iXC: A transformação das verticais de O2O em um grande mercado de fintechs

Innovation Xperience 3

“Nunca tivemos anos tão digitais como os últimos dois”. A afirmação de Andreas Blazoudakis, CEO e cofundador da Netspaces, deixa claro o quanto o mundo mudou recentemente, e tudo leva a crer que inúmeras inovações estão por vir em breve. Segundo ele, a tendência é que as verticais de Online to Offline (O2O) se transformem em um grande mercado de fintechs.

 

Andreas contou que o conceito O2O surgiu há aproximadamente dez anos. A primeira vez que ouviu dizer sobre isso, imaginou que se tratava de organizações offline indo para o online, mas não. Eram as grandes companhias digitais que precisavam se amparar no mercado offline. Esse movimento foi bastante percebido na Ásia, a partir de 2010, e começou a ser mais estudado no Brasil em 2015 com a criação da Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O).

 

Por aqui, tudo era muito incipiente ainda. O e-commerce trabalhava com o conceito “many weeks”, ou seja, você comprava algo e o produto chegava na sua casa em algumas semanas. Mas com o passar do tempo, isso não foi mais suficiente.

 

 

Innovation Xperience 3
Andreas Blazoudakis

“O e-commerce demorou 20 anos para chegar a 5% de penetração na economia. Nos últimos dois anos, pulou para 20%, dependendo do setor. Algumas companhias já reportam 60% de vendas no comércio eletrônico. Por quê? Porque houve desenvolvimento e o O2O foi a chave desse negócio”

 

“Todos querem estar com o consumidor na mão e as empresas farão de tudo para isso”. É por essa razão que é possível ver organizações distintas fazendo aquisições de empresas de crédito, conteúdo, entre outras. “O cenário atual é de um mercado repleto de players de verticais independentes e diferentes competindo pelo mesmo usuário. Não se assuste se uma empresa que vende goods hoje comprar uma empresa de conteúdo. Isso já está acontecendo. Várias empresas comprando outras companhias de outras verticais”. Como exemplo, Andreas citou o Magalu que comprou a startup AiQFome e opera em mais de 500 cidades vendendo comida.

 

 O que está por vir

 

Segundo Andreas, o 5G será o responsável por uma grande avalanche de dados. Daqui a três anos, é estimado que mais de 100 bilhões de dispositivos estejam conectados à internet. A tecnologia será muito amparada na Internet das Coisas, na Inteligência Artificial e no BlockChain. Esse tripé permitirá que esses dados sejam processados na ponta, trazendo mais agilidade e segurança a drones e carros autônomos operados localmente, não em um datacenter remoto de outro país.

 

Também será possível acompanhar a digitalização de ativos reais via NFT (Non-Fungible Tokens). “Está sendo muito usado nas artes, times de futebol. Muita gente está olhando isso como uma brincadeira, mas falava o mesmo do mercado de wallpaper e ringtone de celular.

 

 

“NFT é o impulso da digitalização das coisas reais do offline para o mundo online”.

 

“Também veremos inserção das transações O2O no metaverso, que vem se desenvolvendo nos últimos anos, há quase uma década. Ganhou impulso quando o Facebook trocou o nome para Meta. O Alibaba fez um grande impulso no metaverso deles. Isso é o futuro para os próximos dias, semanas”, apontou Andreas. Por fim, ele prevê que, com o 5G espalhado pelas cidades, o blockchain se desenvolverá com essa nova onda de transações, todas amparadas por NFT e carteiras digitais. “Afinal, tudo acaba em fintech”.

 

Assista à apresentação na íntegra abaixo:

Se preferir, escute o SpotifyPodcast aqui.

 

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