Saúde 4.0 e o potencial das tecnologias de big data e inteligência artificial

Health

O iX Conference trouxe para a discussão o tema da saúde e o impacto da tecnologia. Bruno Scarpellini, médico infectologista e epidemiologista, foi o mediador do painel “Health 4.0 – como integrar tecnologia, dados, inovação e regulação em prol de uma saúde mais inclusiva”.

 

A discussão começou com Teresa Sacchetta, Chief Medical Information Officer do  Hospital Sírio-Libanês. Ela apontou que big data e inteligência artificial transformam a experiência nos serviços de saúde por conta, principalmente, da capacidade computacional que colocam à disposição dos profissionais.

 

Ela completa dizendo que, em saúde, a base do atendimento está estruturada no histórico daquele e de outros pacientes. Ou seja, em dados. “Cada vez, geramos informações por meio do nosso histórico em hospitais, consultórios e laboratórios ou mesmo em nossos smartphones, aparelhos de pressão, balanças e instrumentos de medição. Isso tudo pode ser coletado para trazer melhorias na relação médico paciente”, avalia.

 

Para Eduardo Reis de Oliveira, CEO da Saúde iD, as tecnologias de Big Data e a IA permitem aumentar a escalabilidade do serviço de saúde e auxiliar médicos na assertividade de diagnósticos. “O desafio hoje é cada vez mais consolidar tudo em um só banco de dados. Ainda temos essas informações distribuídas em vários players de mercado”, detalha.

 

Porém, Oliveira completa que não basta apenas as empresas do setor agrupar dados de maneira eficiente e facilitar a vida dos profissionais da saúde. É preciso também levar essa capacidade de aglutinação de dados ao paciente. Ele precisa reconhecer que as tecnologias são úteis ao notar que o atendimento na fila de um hospital está mais rápido e mais eficiente dentro do consultório médico.

 

Guilherme Weigert, médico pela UFRJ, CEO da Conexa Saúde e Fundador da Jaleko, aponta que, quanto maior o cuidado que as tecnologias vão permitir que o médico tenha com o paciente, maior será a confiança da sociedade no trabalho da medicina.

 

Ele lembra que o médico não será apenas um ponto de disseminação das informações trabalhadas pelos analytics, mas, antes disso, será um ponto de captação desses dados. Esse trabalho do médico o coloca em uma posição fundamental para as empresas da área de Saúde. “O médico fornecerá os dados que podem ajudar a engajar o paciente no tratamento ou na prevenção. É possível que as empresas liberem conteúdos informativos para as pessoas via mensagens por WhatsApp, conteúdos em redes sociais etc”, informa

 

Para Cadu Lopes, CEO da Doctoralia para Brasil, Peru e Chile, as empresas da área de saúde estão se concentrando na experiência, colocando o consumidor no centro, como faz qualquer empresa que tem a tecnologia como base do seu trabalho. “O usuário já transformou a sua experiência de compra em vários locais, agora, ele também quer essa experiência quando está numa fila de hospital, esperando para ser atendido”, detalha.

 

Assista ao painel na íntegra:

 

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