Azul Commerce: a iniciativa da Azul Linhas Aéreas para ajudar a desenvolver pequenos negócios

A falta de conhecimento e acesso a ferramentas digitais tem gerado um atraso significativo no desenvolvimento da economia brasileira. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) de 2024, embora 84% dos lares brasileiros estejam conectados à Internet, uma grande parcela da população, especialmente as faixas socioeconômicas consideradas em maior perigo de vulnerabilidade, como de pessoas pretas e pardas, além das classes D e E, pessoas acima de 60 anos e aqueles que não completaram o ensino fundamental, se encontra na chamada “exclusão digital”.

Com o objetivo de prestar apoio a essa população excluída digitalmente e que quer empreender no setor varejista, a Azul Linhas Aéreas, criou o Azul Ecommerce, uma iniciativa focada em pequenos negócios, com alcance em todo o território nacional, composta por mentorias, consultorias, treinamentos, em parceria com hubs, incubadoras, aceleradoras e universidades, além de suporte técnico, capacitação para utilizar ferramentas digitais de maneira eficaz, e uma plataforma de e-commerce integrada. Com essa iniciativa, a Azul Linhas Aéreas foi um dos finalistas do Prêmio Inovativos, na categoria Sustentabilidade e Impactos Socioambientais.

Segundo Daniel Sonego, General Manager de TI na Azul Linhas Aéreas, a iniciativa nasceu com base nos feedbacks que a companhia recebeu de parceiros, tripulantes, e de pesquisas de mercado. “Percebemos a oportunidade de digitalizar os negócios de microempreendedores e lojistas, que realizavam suas vendas apenas em lojas físicas, com uma cobertura limitada e localizada. Com essa ação, não só conseguimos trazer um novo perfil de cliente para a nossa unidade de negócio de logística, como também levamos tecnologia para pessoas que não tinham acesso e informação sobre este mercado”, afirma.


Falta de maturidade atrasa os pequenos negócios

Ainda de acordo com Sonego, as plataformas atuais de e-commerce e marketplace não possuem estrutura ou não querem se comprometer com pequenos comerciantes, que na maioria das vezes não possuem maturidade digital para utilizar a internet para alavancar as vendas. “Isso pode fazer com que eles desistam dessa fonte de renda por não possuírem o apoio necessário para continuarem vendendo, contribuindo para a perpetuação da exclusão digital e econômica desses pequenos varejistas e aumentando a desigualdade de oportunidades no mercado digital”, explica.

Sonego acrescenta, que ao se cadastrarem no Azul Ecommerce, os lojistas passam a contar com uma plataforma digital de e-commerce que inclui gateway de pagamento e antifraude para movimentar e validar transações por cartão de crédito, parceria logística, que permite a entrega em mais de 5.000 cidades no Brasil, por meio da Azul Cargo, entre outros recursos.

A iniciativa foi primeiramente implantada seguindo o modelo MVP (Produto Mínimo Viável, em português), o que permitiu à empresa aérea avaliar a escalabilidade para atender o público-alvo. “Esse processo foi essencial para identificar as ações necessárias a fim de viabilizar o negócio e a tecnologia, considerando que estávamos lidando com um novo perfil de cliente”, diz Daniel, que emenda, “em empresas de grande porte, nem sempre há abertura para esse tipo de aposta, mas, no nosso caso, tivemos total apoio dos executivos para avançar com a ideia e seguir com a implantação”.


Implantação da iniciativa e resultados

Para a implantação da iniciativa, a Azul Seguros contou com dois parceiros principais, a empresa Flexy, responsável pela tecnologia da plataforma, e a Wefit, que cuidou de toda a parte de design e experiência do usuário, com o objetivo de atender melhor aos lojistas e seus clientes. 

Até meados de 2024, o Azul Ecommerce contava com mais de 25 vendedores de todo o Brasil, com sites criados e ativos com a possibilidade de vender seus produtos pela internet em todo o âmbito nacional. Atualmente, a iniciativa está próxima das 100 lojas cadastradas que agora contam com atuação online, e a expectativa é terminar 2025 com pelo menos mil varejistas na plataforma. 

Para Daniel Sonego, receber o Prêmio Inovativos além de ser um reconhecimento e um sinal de que a empresa está no caminho certo e gerando impacto positivo para a sociedade, também proporcionou uma grande exposição no mercado. “Este case conta com pessoas extremamente dedicadas, que trabalham incessantemente para seu crescimento e para que continue impactando cada vez mais negócios pelo Brasil”, finaliza.