Qual o futuro das relações de trabalho com as novas tecnologias?

Futuro Do Trabalho

As relações do trabalho sofreram mudanças ao longo da História e do desenvolvimento humano. Da atividade agrícola, às máquinas a vapor e, atualmente, a inteligência artificial e o advento da tecnologia transformaram a oferta de trabalho e, até mesmo, a relação entre funcionário e empregador.

O assunto foi tema do painel “Futuro do trabalho, recursos humanos e crescimento exponencial” no O2Oix, em São Paulo.  

Uma startup que busca curiosos para explorar a cidade e compartilhar informações. Esse é o mote do negócio da dataPlor. No mercado brasileiro há três meses, a empresa contrata os explorers, que visitam pequenos negócios locais em sua cidade e auxiliam a conexão entre seus produtos e serviços com empresas e o público em geral.

“A dataPlor resolve problema de grandes empresas ou empresas que querem vender para pequenos negócios e que não encontram eles corretamente”, afirma Yan Carlomagno, Country Director da dataPlor no Brasil.

Felipe Matos, Head de Desenvolvimento de Negócios e Expansão da In Loco, relata a experiência de uma empresa de tecnologia e inteligência que oferece dados de localização precisos em um novo mercado. “A gente usa muito a inteligência artificial, em todas as etapas do processo. A gente coleta os dados, trata eles, classifica as visitas e consegue precisão para oferecer as informações para os nossos usuários. É um novo estilo de mercado e geração de serviço e renda”, comenta. A tecnologia ofertada pela empresa está por traz de muitas das plataformas digitais que intermediam as novas relações de trabalho e consumo.

Para Eduardo Endo, Professor e especialista da FIAP, os novos modelos de negócio trazem, justamente, novas relações de trabalho. “Muito se discute a precarização do trabalho, mas esses novos negócios, empresas, aplicativos aparecem como uma nova oportunidade, diferente do tradicionalmente oferecido no mercado”, afirma.

Nova visão do cliente e dos modelos de trabalho

Uma outra inovação no mundo das startups e aplicativos é a Parafuzo. A plataforma, com diversos profissionais de limpeza cadastrados, disponibiliza o agendamento de faxinas para usuários com data, valor e especificações da prestação do serviço a um clique.

Felipe Augusto, CEO da Parafuzo, define a iniciativa como um Market place de profissionais domésticos. “Esse tipo de abordagem é possível quando você entende realmente o cliente, entende o que as pessoas que trabalham com você acreditam, e faz com que as estratégias de crescimento e de valor se componham ao longo do tempo”, diz o executivo.

A busca por experiências e o anseio pela velocidade são características do novo consumidor. Foi pensando nisso que Marco Zolet, fundador e CEO da Supermercado Now, rede de delivery de itens do mercado para o consumidor.  

“Quando a gente traz essa visão do cliente pra quem está prestando o serviço pra você, ela também escolhe o mesmo atendimento, a mesma experiência que o cliente”, relata.

Yan cita a gig economy como o conceito intermediador das relações entre empregador e colaborador na atualidade. Esse é o nome que tem sido utilizado para a economia que intermedia os desenvolvedores de app ou api e as plataformas em que estes aplicativos são disponibilizados, além dos usuários. “Quantas coisas na existiam na economia e só existem por causa da gig economy? É interessante ver como os formatos mais flexíveis geram novas formas de renda, novos métodos de entrar no mercado de trabalho com essas novas tecnologias”, completa.

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