Finance 5.0 : A importância da Convergência entre Digital e Dados no Setor Financeiro

Pix

Nos últimos anos, o setor financeiro conheceu algumas novidades que o colocam como um dos setores mais disruptados do País. A regulação foi atrás, criando o Open Banking e o PIX. Durante a pandemia, outro salto. A bancarização de pessoas que estavam excluídas do sistema e que tiveram que ser incluídas às pressas para receber seus salários ou mesmo o auxílio emergencial. Entre os bancarizados, também houve mudança. O caixa-eletrônico tornou-se, para muitos, coisa do passado.

 

Finance50

 

Bruno Diniz, cofundador da Spiralem e mediador do painel “Finace 5.0 – A convergência entre dados e digital no setor financeiro” destacou o êxito da força-tarefa criada pelos bancos públicos para prover o auxílio emergencial se, que boa parte das pessoas saísse de casa. “Isso virou case lá fora. Teve também o Pic Pay fazendo a distribuição do auxílio em algumas prefeituras. Outras instituições trabalham também a inclusão do idoso, menos adaptado às tecnologias e mais vulnerável ao vírus e que precisava, portanto, mais do que ninguém, de um serviço de bancarização. Isso tudo fez com que a digitalização do sistema financeiro criasse um atalho de alguns anos”, afirma.

 

Dados e estratégia

Devanyr de Aquino, head de Analytics e CRM do Banco Next, concorda que a pandemia criou um atalho para o futuro no sistema financeiro, inserindo no circuito uma nova base de consumidores que antes não eram atendidos. Ele destaca também o papel do Open Banking e do PIX na democratização dos serviços financeiros.

“Tanto o PIX quanto Open Banking mudam a maneira como o cliente se relaciona com a instituição ou empresa. A robustez das empresas continua conferindo segurança, mas você vai ter outras empresas ajudando a entregar novas ofertas e serviços. Hoje, você tem quatro ou cinco contas, mas daqui em diante, você terá provavelmente uma conta só no banco que você mais confia e que mais serviços interessantes te entrega. Esses novos serviços vão depender essencialmente do analytics. Não é só ter dados dos clientes, é preciso saber usar”, destaca.

 

Preços e produtos melhores

Para André Tonelini, diretor executivo do Banco Carrefour, esse aumento exponencial da circulação de informações vai permitir uma customização acelerada de serviços com custos menores. “O banco vai conseguir trazer taxas mais baixas, isso agrega muito em ofertas e serviços e aumenta muito a rede de acesso aos clientes”, avalia.

 

O executivo destaca a participação de empresas de outros setores no mercado financeiro como oportunidade da ampliar o serviço para as pessoas que mais precisam. “Hoje, temos um mercado que não usa o sistema financeiro. Os novos players têm uma visão muito focada nesse tipo de usuário. Não tem como segurar essa competição, mas, nesse momento, você precisa do papel do regulador para garantir a solidez de todo o sistema”, destaca.

 

 

Fabio Hayashi, dono da Deal, afirma que a abertura como a que o sistema financeiro experimenta hoje sempre traz riscos e que os novos entrantes estão mais dispostos a tomar esses riscos e criar soluções inimagináveis. “Presenciamos e protagonizamos uma grande revolução. Tem players que têm agilidade, têm ideias, mas não tem a robustez do banco. Hoje, os bancos podem disponibilizar o acesso que vai garantir a transação junto a CVM, mas quem vai trazer a novidade é a fintech. É essa combinação entre a solidez do grande e a ousadia do menor que vai tocar essa transformação”, afirma.

 

 

Assista ao painel a íntegra:

 

 

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