O futuro do varejo já está em construção, e passa inevitavelmente pela digitalização, pela personalização da experiência do consumidor — e pela criação de um ambiente regulatório seguro e inovador. A transformação em curso é impulsionada por tecnologias como inteligência artificial, big data, IoT e realidade aumentada, que redefinem não apenas o consumo, mas também a gestão, a logística e o relacionamento entre empresas e clientes.
Para que esse futuro seja sustentável, é essencial estabelecer um marco legal para a inteligência artificial que equilibre dois pilares fundamentais: segurança jurídica e estímulo à inovação. Empresas precisam ter clareza sobre os limites e responsabilidades no uso de dados e algoritmos, sem que isso gere entraves burocráticos que desacelerem o avanço tecnológico. Um bom marco legal deve ser orientado por princípios como transparência, ética, proporcionalidade e responsabilidade, considerando também a diversidade de modelos de negócio e o porte das empresas — especialmente as PMEs.
Paralelamente, a cibersegurança se torna uma prioridade estratégica. À medida que os dados se tornam ativos centrais no varejo — desde o histórico de compras até preferências comportamentais e sensoriais — cresce também o risco de ataques, fraudes e vazamentos. Sem mecanismos eficazes de proteção, confiança e reputação são comprometidas, impactando diretamente a relação com o consumidor e a sustentabilidade do negócio.
Portanto, a construção do varejo 2030 demanda ação imediata: adotar tecnologias com responsabilidade, investir em experiências únicas e personalizadas, e atuar junto aos formuladores de políticas para garantir um ecossistema digital seguro, inclusivo e inovador. O futuro é agora — e ele exige protagonismo empresarial e governança inteligente.