Se você acha que o Drex será “apenas mais uma moeda digital”, é hora de olhar além da superfície. O Drex representa uma evolução silenciosa, mas decisiva, que vai muito além de pagamentos instantâneos ou transferências ágeis. Ele inaugura uma nova era para o mercado financeiro e, especialmente, para o setor imobiliário.
Com a capacidade de tokenizar ativos, automatizar contratos e reduzir custos e burocracias, o Drex transforma não apenas a forma como transacionamos valores, mas também como acessamos, financiamos e investimos em propriedades.
Essa mudança não acontece isoladamente. O próprio Banco Central tem sinalizado a necessidade de modernizar o crédito imobiliário, principalmente frente à saída histórica de recursos da caderneta de poupança, que por décadas foi a principal fonte de funding para o setor.
Nas palavras de Rogério Lucca, chefe do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial do BC, a autarquia está trabalhando para “melhorar o processo de concessão e fontes de funding” para o crédito imobiliário, dialogando com o governo e o mercado. Iniciativas como o Drex e a adoção das duplicatas escriturais caminham exatamente nesse sentido: criar mais segurança, eficiência e liquidez para financiamentos imobiliários, além de ampliar o acesso ao crédito.
O impacto não para por aí
A tokenização de imóveis, uma das possibilidades mais empolgantes com o Drex, permitirá que ativos sejam fracionados em tokens digitais. Isso abre espaço para que investidores de diferentes portes tenham acesso a esse mercado, enquanto empreendimentos ganham novas formas de captar recursos de maneira mais ágil e eficiente.
Além disso, com a liquidação atômica em tempo real e contratos inteligentes, o Drex diminui drasticamente riscos e custos, automatiza a transferência de titularidade e pode, em breve, permitir até a titularidade múltipla de imóveis, promovendo a democratização no acesso a esse tipo de ativo.
A ABFintechs acompanha de perto cada movimento dessa transformação. Acreditamos que, assim como o Pix foi disruptivo para os meios de pagamento, o Drex tem potencial para ser um divisor de águas tanto para o mercado imobiliário quanto para o próprio crédito.
O Drex não é o futuro. Ele já começou a transformar o presente, e o Brasil, com sua combinação única de regulação aberta ao diálogo, infraestrutura tecnológica robusta e espírito inovador, tem tudo para liderar esse movimento.
A revolução dos ativos imobiliários não será apenas digital. Será mais acessível, segura e eficiente.