A Amazon está prestes a alcançar um marco simbólico: o número de robôs operando em seus centros de distribuição nos Estados Unidos já ultrapassa 1 milhão — o que a coloca muito próxima de igualar ou até superar sua força de trabalho humana, estimada atualmente em cerca de 1,5 milhão de pessoas em todo o mundo.
Segundo o Wall Street Journal, essa automação crescente tem reduzido significativamente o número de funcionários por centro de distribuição, alcançando o menor nível desde 2008. A empresa tem acelerado o uso de robôs como o modelo Vulcan, que consegue manusear objetos com precisão e sensibilidade, além de integrar algoritmos avançados de inteligência artificial para coordenar a operação logística de forma quase autônoma.
Apesar do avanço, a companhia afirma que não se trata apenas de substituição de força de trabalho, mas de uma reorganização. Mais de 700 mil funcionários teriam sido recapacitados desde 2019 para funções que exigem maior qualificação, em áreas como manutenção de robôs, desenvolvimento de IA e supervisão técnica.
O CEO da Amazon, Andy Jassy, admitiu que a tendência é que o número de funcionários corporativos e operacionais diminua nos próximos anos, à medida que a inteligência artificial e os agentes generativos assumam mais tarefas. Ele também destacou que novas oportunidades devem surgir, especialmente nas áreas de robótica, engenharia de software e desenvolvimento de produtos de IA.
