Inovação Digital e Tecnologia na Centralidade do Cliente

iXC 2021: O Futuro dos Eventos não é online e nem offline; é “onlife”

No mercado atual, as plataformas virtuais são mais do que uma opção para o segmento de eventos. Depois que a pandemia chegou sem ser convidada e, literalmente, penetrou no cotidiano com alarde global, de forma geral, a estrutura de eventos online, mais do que ajudar a mitigar impactos negativos, significou a viabilidade de atividade e ressignificou o futuro do setor (bem como o dos profissionais que atuam nele e viveram desde períodos de cerceamento até a completa paralisação durante a fase mais restritiva do isolamento social).

 

O Brasil não escapou da visita indesejada do novo coronavírus. O cenário configurado pela fase vermelha em diversos estados tornou impossível reunir muitas pessoas em qualquer tipo de ambiente. A área de eventos, que compreende a necessidade de mais de 70 setores da economia, fomenta negócios e contribui com 4,32% do PIB nacional (percentual equivalente a cerca de R$ 210 bilhões movimentados até o começo deste ano), foi uma das mais afetadas pelas medidas de isolamento social (que seguem válidas como forma de prevenção à disseminação de Covid-19) e vivenciou ao longo de 2020 o que de pior pode acontecer para ela na frente presencial; o completo esvaziamento.

 

Tecnologia a serviço dos negócios em eventos

Com auxílio tecnológico, o setor vem se recuperando e cresceu quase 400% (entre abril de 2020 e março de 2021) em serviços de transmissões ao vivo na web. Para falar deste panorama histórico, desafios e tendências para o segmento, Daniel Marques, CEO @ab2lbrasil e @openfy.co (plataforma expoente das melhores práticas de interação via chat e vídeos em cursos e eventos online, com gamificação e recursos diferenciais em relação aos disponíveis no mercado nacional), comandou o painel sobre O Futuro dos Eventos e Cursos Híbridos.

 

Da perspectiva apoiada nos pilares de Inovação e Gestão Jurídica 4.0, situou o momento que atravessamos como sociedade; às portas da quarta revolução industrial (que remete ao futuro do trabalho e dos negócios sob uma lógica mais natural da IA) e às vésperas da chegada do 5G (que deve aumentar exponencialmente a velocidade de transmissão de dados e concretizar a conexão com IoT)

 

Conexões humanas e de coisas “on” na “Infosfera”

 

Daniel Marques

Antes de dar a palavra à liderança convidada a ilustrar como “early adopter” a jornada de eventos na cena híbrida, Marques, que é Mestre em Filosofia Ciência e Antropologia (por Roma, na Itália), citou o italiano Luciano Floridi, professor titular de Filosofia e Ética da Informação da Universidade de Oxford (referência internacional em filosofia da informação), que traz o conceito de “ïnfosfera” como habitat inerente à rotina de bilhões de pessoas (espécie de atualização do termo “ciberespaço”) que não comporta questionamento sobre a opção de estarmos ou não conectados: “vivemos cada vez mais na foz do rio, ou seja, onlife, onde perguntar se a água é doce ou salgada (se estamos online ou offline) não faz sentido, ao contrário, significa não ter entendido onde se está, porque ali a água é salobra”.

 

 

“Vivemos cada vez mais na foz do rio, ou seja, onlife, onde perguntar se a água é doce ou salgada (se estamos online ou offline) não faz sentido, ao contrário, significa não ter entendido onde se está, porque ali a água é salobra”

 

Foi a voz feminina da palestrante Carina Flosi, CEO da Conceito Seminários e Congressos, empresa que já reuniu 6 mil executivos líderes das maiores empresas de infraestrutura, mercado financeiro e jurídico do Brasil nos últimos 10 anos, que remontou, desde os momentos mais desafiadores (no início da fase de distanciamento social que impediu encontros presenciais), até como as soluções prontas, de forma singular, despontaram para atender, virtualmente, especificidades de demandas mais exigentes em eventos voltados a um público qualificado e decisor (à frente de organizações nacionais e internacionais que atuam sob regras de governança e compliance).

 

“Onlife” sobe a régua de eventos digitais

 

Especialista em comunicação, a jornalista com atuação em jornais diários que chegou a chefiar a reportagem de emissora de canal aberto de TV, coordenou áreas dedicadas ao gerenciamento de crises de clientes em agências e domina marketing digital, reportou o momento em que se viu, como empresária, com sede de voltar a exercer sua especialidade, mas obrigada a experimentar o gosto nada agradável da espera por condições que viabilizassem a retomada da atividade do seu negócio (de acordo com o avanço do controle da crise sanitária e seu crivo de qualidade e adequação dos recursos disponíveis).

 

“Meu negócio já tinha estrutura online para operar com equipe em cada canto do mundo. Não dava mais para ficar esperando. A pandemia, que chegou a ser tratada como situação que se resolveria em poucos meses (inclusive por especialistas médicos com visão internacional da crise sanitária que começou no exterior e consultamos), não acabou. Foram oito meses sem faturamento. Quando buscamos no mercado uma alternativa que atendesse nosso nível de exigência, num primeiro momento, não encontramos solução”, contou Flosi, referindo-se às plataformas capazes de replicar online a experiência que sua empresa perpetuou ao longo de quase uma década em eventos presenciais para público C-Level.

 

Portas abertas para network digital C Level

“Cheguei a dizer que não dava para fazer online meu perfil de negócio, com o desafio de engajar executivos durante um dia inteiro. Como fazer um presidente de empresa ficar das 9h às 6h na minha ferramenta online? É bem diferente reuni-los dentro de uma sala física fechada para fazerem negócios. Buscava uma plataforma que entregasse tudo isso online de forma amigável, prática, intuitiva, privada e segura; que funcionasse para os participantes fecharem negócios. Precisava sentir confiança. Até porque muitos dos executivos que costumo reunir nem poderiam participar de eventos em plataformas como Zoom (por questões protocolares e de usabilidade). Assim como eu fazia no presencial tinha que entregar de forma virtual; fechar a porta e dizer: aconteça!”, afirma a empresária.

 

“Encontrar a Openfy, foi como ver uma luz no fim do túnel. É a tecnologia de assistência online ao vivo que me possibilita entregar um contato qualificado permanente como eu queria. Sinto que temos uma verdadeira parceria. A cada evento fazemos melhorias. Há comprometimento com as entregas e vontade de crescer“, disse a especialista. Para encerrar, Marques perguntou à empresária: “como vê o cenário futuro de cursos e eventos, acredita que será híbrido?”. 

 

Carina Flosi Conceito

Com a propriedade de quem fala de um lugar que promoveu (e privilegiou) por anos o contato presencial e experimentou soluções virtuais convencionais e disruptivas em meio à pandemia (em busca de  alternativa com tecnologia que facilitem interações e protejam os participantes de eventos mais intimistas, menos numerosos e mais qualificados, contra eventuais vulnerabilidades de sistemas), a empresária concluiu: “a pandemia apontou um caminho sem volta. Como empresa, terei investimento dobrado. Em situação de controle, entregaremos o presencial (porque estamos nesse momento de expectativa da retomada dos negócios em ambientes físicos), mas seguiremos na onda próspera de eventos híbridos”.

 

“A pandemia apontou um caminho sem volta. Como empresa, terei investimento dobrado. Em situação de controle, entregaremos o presencial (porque estamos nesse momento de expectativa da retomada dos negócios em ambientes físicos), mas seguiremos na onda próspera de eventos híbridos”

 

Assista ao bate-papo na íntegra abaixo:

Se preferir, escute o Spotify Podcast aqui.

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