Inovação Digital e Tecnologia na Centralidade do Cliente

O papel das plataformas digitais na democratização dos serviços

Participam da discussão Cesar Souza (FEA-USP), Eduardo Basile (Fix), Gustavo Costa (Sami), João Kitsis (Sympla), Ney Paranaguá (Maida.Health)

17A IX Conference 2020 trouxe acadêmicos, empreendedores e executivos das áreas da saúde, da construção civil e do entretenimento e educação para discutir o impacto das plataformas digitais na nova economia.

Plataformas Digitais

 

O mediador do painel “Plataformas digitais: desafios para a economia exponencial” foi o professor da FEA-USP, Cesar Souza. O acadêmico perguntou a Eduardo Basile, CEO da Fix, um marketplaces de serviços de manutenção, sobre os principais desafios de um negócio como o dele.

 

Para Basile, o principal desafio é a educação. A Fix tem em seu processo seletivo um teste para contratação de mão de obra pelo qual 95% dos candidatos não passam. “Ao invés de descartar essa mão de obra, a Fix resolveu prepará-los e criou um programa para desenvolvimento técnico e intelectual desses profissionais para reinseri-los no mercado”, conta o executivo.

Saúde

Gustavo Costa, COO da Sami, startup da área da Saúde, também comentou sobre o caráter inclusivo das startups. Para ele, no Brasil, as empresas da nova economia contribuem para dar acesso a serviços e produtos que a economia tradicional não ofereceu a boa parte das pessoas. “As startups vêm trabalhando para prover acesso a uma população excluída, seja de serviços financeiros a de saúde. Na saúde, onde atuamos, têm partes do mercado que pedem para ser disruptadas, mas ainda falta pessoas para pensar a inovação nesses locais”, avalia Costa.

 

João Kitsis, Head Jurídico, de Compliance e de Relações Governamentais do Sympla, volta ao tema da Educação para falar das novas investidas da plataforma que se popularizou por entregar ingressos online a eventos de todo tipo.

Educação

Sympla, agora, se arrisca a ser também uma plataforma de distribuição de cursos e está concorrendo com as tradicionais universidades, faculdades e centros acadêmicos. “O sujeito que quer aprender nem sempre precisa fazer isso dentro de um ambiente de ensino formal, ele pode aprender diferentes saberes por alguém que more em qualquer lugar do mundo, que conheça do assunto e que saiba ensinar, sem necessariamente ter entrado numa faculdade”, destaca.

 

Ney Paranaguá de Carvalho, professor universitário e sócio da Maida.Health concorda com Kitsis sobre o poder irresistível da tecnologia e alerta para setores como o da educação e da saúde, os quais ele conhece bem, sobre como eles serão disruptados, queiram ou não as empresas que atuam nesses setores.

“A tecnologia transforma a humanidade desde o século 17 e as mudanças são radicais. Desde a internet, porém, essa mudança tem sido exponencial. Galileu Galilei já falava sobre como as novidades não são compreendidas pelas pessoas e como o status quo tenta combatê-las”, cita o professor e empreendedor.

Ele conclui chamando a atenção para a necessidade de as empresas deixarem que a tecnologia liberte a energia inventiva das pessoas. “A tecnologia desmaterializou a fronteira dos negócios, é uma coisa mágica, e a empresa hoje é apenas uma abstração, ela está em qualquer lugar. Essa é a transformação que a tecnologia vai trazendo e que consegue gerar valor sobre a energia e a criatividade que as pessoas possuem”, diz Carvalho.

 

Assista ao painel na íntegra:

 

 

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